
Ficar remoendo pensamentos é campeão em roubar o seu presente.
Sabe aquela mania de repetir cenas na cabeça, questionar cada palavra ou escolha? “E se eu tivesse feito diferente? E se eu tivesse dito aquilo?” Parece que a gente tá tentando resolver algo, mas, na real, só tá dando voltas em um ciclo de ansiedade que cansa e não leva a lugar nenhum.
A verdade é que o passado não muda — mas ele ensina. O problema é que, pra aprender, a gente precisa primeiro parar de brigar com ele. Quando você se pega nesse looping, que tal se perguntar: “O que exatamente eu tô tentando resolver aqui?” Às vezes, só reconhecer que você tá preso nesses “e se” já ajuda a quebrar o ciclo.
E por que é tão difícil parar? Porque, lá no fundo, revisitar essas histórias é uma forma de tentar dar sentido a algo que ainda incomoda. Mas a chave não é evitar esses pensamentos; é entender o que eles estão sinalizando. Que emoção ou expectativa tá grudada neles? Qual parte de você ainda se sente presa nessa história? Encarar isso pode ser desconfortável, mas é aí que a gente encontra respostas.
E a fonte não são as vozes da minha cabeça, viu?! Estudos apontam que o hábito de ruminação está ligado ao aumento de sintomas de ansiedade e depressão (Nolen-Hoeksema, 2000). E isso não é sobre falta de força ou disciplina; é um padrão que se retroalimenta e que precisa ser desconstruído.
Que tal começar dando pequenos passos? Tente atividades que exijam foco no presente, como exercícios, hobbies ou até uma boa conversa. E, mais importante, pratique olhar pra esses pensamentos com curiosidade, sem julgamento, entendendo o que eles querem te contar sobre você.
A terapia é o espaço onde essa escuta pode acontecer de forma segura. É onde você aprende a dar um lugar pro passado que não seja o centro da sua atenção. Porque o presente tá aqui, e merece mais de você do que aquilo que já foi.
Tá na hora de soltar os “e se”? Me chama, e a gente conversa sobre isso!
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